top of page

Diário de Gravidez #1

Foto do escritor: Alana DuarteAlana Duarte

Atualizado: 12 de mai. de 2021

Eu descobri minha gravidez com menos de 4 semanas, e eu já estava tendo alguns sintomas, como muito cansaço, muito sono, cólicas fraquinhas e enjôo (ainda eram bem poucos).


Na semana 4, todos esses sintomas ainda estavam do mesmo jeito e eu estava tendo alguns episódios de dor de cabeça bem fortes, mas atribuí isso à falta de cafeína (depois descobri que é da gravidez mesmo). No dia que eu descobri a gravidez, numa sexta-feira, eu já consegui marcar a minha GP (clínico geral) para próxima terça, pra começar o pré-natal (aqui o pré-natal não começa com o médico obstetra). Ela me explicou que eu poderia ficar me consultando com ela até 12 semanas e que se caso eu quisesse uma médica obstetra, eu marcasse e depois fosse lá (na GP, antes da consulta com a obstetra) pra ela dar o referral (encaminhamento médico). Eu não poderia ir direto pra obstetra porque todos eles precisam dessa documentação.


Nessa minha primeira consulta, eu fiz exames de sangue e urina, ela me passou ácido fólico e me deu o encaminhamento pra fazer a primeira ultrassom (que aqui chama Viability Scan ou Dating Scan), entre 7 e 8 semanas. Essa ultrassom mostra se o embrião e o saco gestacional estão presentes e se a gravidez está no útero. Chegando em casa eu marquei o exame pro dia 07 de dezembro, e eu já ia estar com quase 9 semanas.


Enquanto isso, eu fiquei pesquisando o que está ou não incluso no meu plano de saúde (pra quem não sabe, estamos no visto de estudante e o meu plano de saúde é aquele obrigatório, que todos os estudantes tem que ter). Descobri algumas coisas e ainda fiquei com dúvidas em outras, mas vou escrevendo nos outros diários o que fui entendendo sobre o assunto.


Comecei a ter enjôos mais fortes na semana 5. Era um enjôo que não tinha fim... começava quando eu acordava e não parava mais. Tive um sintoma que nem sabia que existia, de salivação excessiva, e quanto mais eu engolia, mais eu ficava enjoada. Junto com os enjôos, muita fome fora de hora (inclusive de madrugada). Eu não tinha vontade de comer, só comia porque se não comesse era pior e eu vomitava. Em compensação, as cólicas diminuíram.


Na semana 6, os enjôos pioraram e eu achava que não poderia ser pior que aquilo (#sabedenadainocente). Voltei na médica com esperança de tomar algum remédio que aliviasse, até porque a gente tava com viagem marcada pra Tasmânia naquela semana. Voltei na médica no dia 18 de novembro e ela falou que todos os meus sintomas eram normais, e que todos os meus exames também estavam normais, mas que como meu HCG deu 2962 com 4 semanas, eu estava com muito hormônio no meu corpo e que talvez minha gravidez pudesse ser de gêmeos. Ela disse que os enjôos tendiam a melhorar com ingestão de vitamina B6 e me passou uma receita de um medicamento mais forte caso eu estivesse vomitando muito. Eu comprei uma vitamina B6 da Elevit própria pra grávidas, mas confesso que não vi muito resultado. Durante a viagem eu notei sim uma melhora, mas acho que foi porque eu estava distraída nos passeios. Porque depois que a gente voltou eu tive a impressão que eu ficava pior com aquela vitamina, e parei de tomar. E eu não cheguei a tomar aquela medicação mais forte.


Voltamos de viagem numa segunda-feira pela manhã, e à tarde fomos no hospital que a gente tinha "escolhido" pra se informar e ver os valores das médicas. Fui primeiro na parte pública, e a recepcionista perguntou se eu tinha Medicare (tipo o SUS daqui, mas estudantes não têm direito), e como eu falei que não, ela disse que eu teria que ir pra o hospital particular (que era no mesmo complexo onde a gente tava). Isso foi o que aconteceu comigo, não sei como funciona em outros hospitais. Chegando lá, fomos em algumas médicas ver se elas tinham disponibilidade e analisar todas as taxas. Depois disso, mandei uns emails pro Bupa com algumas dúvidas e estava esperando eles me responderem pra escolher uma obstetra conveniada.


Também fui em uma clínica onde quem atende as gestantes são as midwives (enfermeiras obstétricas), e que tem um médico obstetra que atende caso a gravidez seja de risco. Os valores das consultas nesse lugar eram bem mais baixos, mas eu não teria o reembolso de nada porque não seria pelo plano de saúde, e no sistema privado eu teria o reembolso de uma parte das consultas, o que daria mais ou menos os mesmos valores das consultas na clínica com as midwives. Outro agravante foi que se eu optasse pelo pré-natal com as midwives, eu não teria escolha de médico nem de hospital. E o hospital vinculado à essa clínica não é conveniado pelo meu plano, o que significa que eu teria que pagar pelo parto, o que não faria sentido pois meu plano cobre os custos do parto e acomodação (com exceção de alguns valores a serem pagos por fora, como anestesista e pediatra). Lembrando que essa foi a minha experiência, e a política dos lugares onde eu fui me informar.


Na semana 7 tudo piorou... enjôo, dores de cabeça, aversão à cheiros, muito cansada e só de cama. Não conseguia chegar perto da cozinha. Adriano tinha que cozinhar enquanto eu ficava trancada no quarto. TENSO! Tava super chata pra comer e tudo me fazia mal. Comecei a ter refluxo também e parei de comer laranja (que era a única fruta que eu conseguia comer) e coisas cítricas. Foi também na semana 7 que eu tive um pequeno sangramento e nem precisa dizer que me desesperei. Liguei para minhas antigas clientes pra ver o que eu fazia, porque estava perdida sem ter noção do que fazer e pra onde ir. Uma delas me disse que eu ligasse na clínica que eu tinha marcado minha ultrassom, explicasse que eu tive um sangramento e pedisse pra adiantar meu exame. Eu fiz isso e consegui pra aquele mesmo dia à tarde. Estava super nervosa, mas meu bebêzinho estava lá firme e forte com o coraçãozinho batendo a 162 bpm. Não ouvi o coração, só vi pela tela ele pulsando, e a médica me garantiu que estava tudo bem!


Ultrassom com 7+4 semanas

Depois disso marquei a obstetra pro dia 17 de dezembro, quando eu estaria com 10 semanas. A recepcionista enviou um e-mail com tudo que eles precisam pra proceder com o atendimento. Eu precisava de: GP referral (aquele encaminhamento do GP), Antenatal screening blood test results (os exames de sangue que eu fiz na primeira consulta Pré-Natal com a GP e o Dating scan (a primeira ultrassom), além de responder um questionário com dados pessoais e assinar o documento "Estimate of Medical Fees", que mostra os valores de todas as consultas e o valor que o Medicare reembolsa. Como não tenho Medicare, me informei com o Bupa que eles reembolsam 100% do valor do Medicare. Então por exemplo, se a consulta é $100 e o Medicare reembolsa $40, o Bupa também reembolsa $40.


As semanas 8 e 9 foram tensas! Tudo se intensificou. Acho que foram as piores, até porque nem tenho nada escrito sobre essas semanas, só fiquei de cama e ir pra aula foi tenso!


No próximo post eu falo sobre as semanas 10 à 15. =)


See you!



31 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page