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  • Foto do escritorAlana Duarte

Nasce uma mãe

Dia 30/06/2020 virei mãe, na prática. Já era mãe na teoria por 38 semanas. Lembro até hoje do que senti no momento que coloquei meu filho nos braços. Tudo mudou. Um amor transbordante, que nunca tinha sentido antes. Um amor que doía, de tanto que era. E é. Mais e mais a cada dia. Obrigada meu filho por ter me escolhido pra ser sua mãe, mesmo sendo tão imperfeita. Estarei sempre do seu ladinho pro que der e vier. 🤍

Escrevi o textinho acima no dia das mães, dia 09 de maio de 2021.

Uma das vantagens de escrever ou até falar sobre um assunto que já passou é que o que tá na nossa memória é o que verdadeiramente importou ou importa pra nós. A desvantagem é que a gente perde a riqueza de detalhes e não existe mais nenhum registro da pessoa que a gente era quando viveu ou escreveu sobre determinado momento.

Como falo no textinho, tudo mudou depois que peguei Danilo nos braços. Nossos dias na maternidade foram de muito amor, poucas dormidas e poucas preocupações. Afinal, a gente tava lá rodeado de profissionais.

Quando chegamos em casa as coisas ficaram um pouco diferentes. Meu leite desceu e meu peito começou a machucar. Danilo chorava demais de madrugada, não dormia e não queria sair do peito. Me dava arrepio de pensar em colocar ele no peito pra mamar (tão diferente de como foi na maternidade). Até que fui enfim usar a bombinha de leite e só saiu 20ml dos dois peitos. Liguei pra o hospital e falei com a midwife. Ela falou que pelo peso dele, ele teria que mamar 60ml. Indicou a fórmula enquanto a consultora de amamentação não ia na minha casa. Nesse dia lembro que ele ficou mais tranquilo, e eu e Adriano também. Nessa madrugada fui usar a bombinha de novo, mas enquanto eu tirava, Adriano viu que o leite tava cor de rosa. Era sangue com coágulos misturado com o leite. Guardei e mostrei à consultora no dia seguinte.

Parei de amamentar ele por uns dias enquanto cicatrizava, mas continuei usando a bombinha e complementando com fórmula.


Ainda tive outras consultas com outras consultoras, tentei de tudo e minha produção de leite não aumentava a ponto de se estabilizar. Às vezes eu produzia muito leite, às vezes pouco. Mas não parei de dar meu leite. Ele sempre mamou ou tomava na mamadeira até o desmame.


Confesso que essa baixa produção me desestabilizou. Veio também o baby blues e eu chorava muito de tardezinha. Eu sabia que isso poderia acontecer, mas não acreditava que aquilo poderia acontecer comigo. Aconteceu. Adriano teve que trabalhar depois de 2 semanas que Danilo nasceu e eu tive que aprender na marra a me virar sozinha. Tive amigos queridos que me ajudaram com uma coisa e outra, mas uma em especial (Jéssica 🤍) me ajudou até demais (gratidão infinita 🙏🏼).


No meio disso tudo decidimos voltar pro Brasil. E com isso uma correria sem fim.


Saímos algumas poucas vezes nos primeiros meses de Danilo. Tava frio e também logo vendemos o carro.


O primeiro mês foi sem dúvida o mais difícil. Do segundo pro terceiro mês a gente começou a tentar uma rotina de sono (que demorou uns dias, mas valeu a pena) e Danilo começou a dormir na cama comigo. Pronto, aí começamos todos a dormir bem!

E pra finalizar o assunto sobre amamentação:

E chegou o dia que meu leite “secou”. Danilo já tava perdendo o interesse de mamar de madrugada (que era o único momento que ele ainda tinha interesse). Há alguns dias que ele tem chorado depois de mamar, querendo mais leite. Dava mamadeira e ele dormia. De anteontem pra cá não quis mais peito. Eu colocava e ele não queria. Ontem tirei leite e só tinha 30ml. Mesmo não tendo amamentado como eu gostaria, ainda fiquei um pouco triste. Mas agradecida por ter conseguido até aqui, do nosso jeito e como pôde ser. (17/12/2020)






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