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  • Foto do escritorAlana Duarte

Jardim Botânico, Salamanca Market e Ilha dos mortos

Atualizado: 12 de mai. de 2021

Nosso penúltimo dia na Tasmânia começou no Royal Tasmanian Botanical Gardens. Esse jardim botânico é a coisa MAIS LINDA da vida! Tem vários "ambientes", como o Jardim Japonês (nosso preferido), a Fern Collection (onde tem as samambaias), tem também plantas da Tasmânia, da França, da China e até da Antártica. Essas da Antártica ficam num ambiente isolado, com temperaturas bem baixas, mas eu já estava com tanto frio que decidimos não ir.


Não paga pra entrar, mas existe uma caixinha de doações nas entradas do Jardim Botânico. Sei que existem duas entradas, pois fomos lá duas vezes, cada vez por um caminho diferente, mas se existem mais, não sei. =)


Jardim Japonês
Outro ângulo do Jardim Japonês
Fern Collection
Foto "falha nossa" na Fern Collection hehehe
Não sei dizer que parte do jardim é essa...
... nem essa, sorry!

De lá fomos numa feira super famosa de Hobart, que existe todo sábado (com algumas exceções durante o ano) de 8:30 às 3:00pm, o Salamanca Market. Nossa idéia era tomar café da manhã por lá, já que vende de tudo um pouco. Existe um ônibus free que passa de 10 em 10 minutos, das 9am às 2pm, clique AQUI pra ver o itinerário. Mas, como a gente já tinha feito check out do hotel (que não tinha estacionamento), a gente foi de carro mesmo, mas penamos um pouco pra achar uma vaga disponível. Não levamos a máquina, e nem tiramos foto pelo celular, porque estava cheeeeio demais. Mas valeu super a pena. Eu comprei um kit com 4 tortinhas (tipo empada) deliciosas! Comprei 3 salgadas e uma de limão, todas uma delícia. Adriano comprou um kebab, e a gente dividiu um suco de laranja com morango.


De lá seguimos viagem pra Port Arthur, que fica a 1h e meia de Hobart, mais ou menos. Port Arthur é famosa pelo sítio histórico de mesmo nome. Segundo o visitor guide que a gente ganha na entrada do local, Port Arthur é um local de significância nacional e internacional, parte da história da migração e civilização forçada na Austrália. Port Arthur foi mais que uma prisão, foi uma comunidade, lar de presos, militares, civis e suas famílias.


Port Arthur is a place of national and international significance - part of the epic story of forced migration and settlement of this country. Port Arthur was much more than a prison; it was a complete community, home to convicts, military and civilian officers and their families.

Fomos direto pra o sítio histórico e deixamos pra ir ao hotel só mais tarde. Queríamos aproveitar nosso dia lá, pois saberíamos que tinha muita coisa pra ver. O local tem uma estrutura muito boa pra turistas e o estacionamento é grátis. Assim que a gente entra lá podemos ver as ruínas dos prédios históricos, mas antes temos que comprar nossas entradas na recepção, que é gigantesca e parece que você entrou num shopping e está comprando os ingressos do cinema sabe? Desse jeito... E também tem restaurantes e cafés por lá. Antes de pegar a filinha pra comprar os ingressos, tem uma pessoa recebendo a gente e explicando os tipos de ingressos disponíveis. Escolhemos o tipo mais simples, que dava direito à um guia por 40 minutos, que explica tudo sobre o local e um passeio de barco até Point Puer Boy's Prison (a prisão para meninos). Esse tour de 40 minutos, não é o tour por dentro das ruínas, só por fora. Por dentro, você faz no seu tempo e tem várias plaquinhas explicativas dos lugares, além do mapinha e do livrinho (visitor guide) com informações. Os ingressos são válidos por dois dias seguidos e custam $40 cada. Se a gente pagasse $20 a mais (cada) também teria direito à ir pra Isle of the Dead (Ilha dos mortos) que também só tem acesso por barco, e também existem tours guiados comprados à parte (clique AQUI pra saber mais).


Ruínas da penitenciária

Quando você compra o ingresso, tem escrito nele os horários do seu tour e do passeio de barco, então tem que ficar atento. Depois dos 40 minutos com a guia do nosso grupo, fomos fazer o passeio de barco, que iria até a "prisão dos meninos", que fica em uma ilhazinha. A Point Puer Buoy's Prison ficou em operação entre 1834 e 1849, e foi o primeiro reformatório para menores do império britânico. A ideia era que esses meninos ficassem separados dos criminosos adultos, como uma forma de protegê-los de más influências. A maioria deles tinham entre 14 e 17 anos, mas o mais novo tinha apenas 9 anos. A nossa guia falou que alguns dos meninos foram presos por roubo de brinquedos.


Entramos no barco, até que ele parou numa ilha. Percebemos que algumas pessoas permaneceram no barco, mas a gente saiu... Depois que a gente se tocou que tinha descido na ilha errada! Fomos pra Isle of the Dead (a "ilha dos mortos", aquela que tinha um valor adicional pra entrar). Depois que a gente já tava lá, não tinha mais que fazer... O lugar é SINISTRO, cheio de lápides (óbvio né... é um cemitério)! Um local com energia carregada mesmo, sabe! Cerca de 110 pessoas foram enterradas lá entre 1833 e 1877, entre presos, oficiais, civis e suas esposas e filhos. Nosso guia contou que a maior causa de morte entre mulheres e crianças era por causa do parto! Triste...




Voltando pra terra firme, fomos visitar o prédio mais emblemático do sítio histórico, a penitenciária (The Penitentiary). O prédio foi originalmente construído como um moinho de farinha e celeiro, em 1845, e convertido para a penitenciária entre 1854 e 1857. Além das acomodações dos presos, a penitenciária contava com biblioteca e uma capela. A penitenciária funcionou até 1877 e, 20 anos depois, o prédio foi danificado por um incêndio. O projeto de conservação das ruínas foi realizado entre 2012 e 2018.


Videozinho rápido com uma visão geral da penitenciária e alguns outros prédios:


Visitamos um pouco a penitenciária por dentro e já deu pra sentir o peso espiritual do ambiente. O sítio histórico de Port Arthur é lindo, mas dá pra sentir que é um local carregado, cheio de histórias reais de sofrimento e muitos acontecimentos trágicos, como o incêndio que mencionei acima e até o tiroteio que teve em 1996, onde 35 pessoas foram mortas e 19 feridas, quando o local já era um sítio histórico aberto para visitações. Inclusive, chegando no hotel e pesquisando mais sobre a história de Port Arthur, descobrimos que nosso hotel foi o ponto de apoio de pessoas feridas nesse tiroteio, e foi lá que elas pediram ajuda.


Visão da penitenciária, de dentro pra fora, com suportes de apoio e corrimões para visitantes do sítio histórico.

Eu não lembro especificamente qual dos prédios tem essa cozinha da imagem abaixo, mas mesmo assim decidi colocar a foto porque achei super relevante e interessante. Esse local era uma residência e depois virou um hotel, então eles decoraram o local com artigos da época (década de 1850), e colocaram vidro em algumas partes, como na cozinha (dá pra ver um pouco do meu reflexo no vidro). Nessa mesma casa/hotel, a gente pôde ver as despensas com artigos que são ainda da época, mas infelizmente não tenho fotos.


Já era um pouco tarde quando saímos de lá rumo ao nosso hotel, mas no dia seguinte chegaríamos cedo pra conhecer os outros prédios do complexo e então partiríamos de volta pra Hobart. Mas isso é assunto pra o post da semana que vem! Terminamos nosso dia jantando no restaurante do hotel, que nos lembrou um restaurante alemão que fomos lá em Curitiba. Pedimos outro prato (de frango à parmigiana giganteeeeesco) pra levar pro quarto, Adriano comprou um vinho por lá mesmo e ficamos conversando e admirando a paisagem pela janela do hotel, que é a coisa mais linda (detalhe... na época que a gente foi pra Tasmânia, o sol tava se pondo mais de 8h da noite).

A vista do nosso quarto

See you!


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